domingo, 16 de junho de 2013

SORTE


"A sorte sorri aos audaciosos"
Adágio popular

“O acaso só favorece a mente preparada.”
Louis Pasteur

A sorte é uma experiência puramente aleatória, ou algo que podemos atrair? É unicamente fruto do acaso ou resulta, sobretudo, da forma como transformamos o fortuito em oportunidade?
Existem, de facto, histórias tão improváveis, inesperadas e extraordinárias que parecem ter sido unicamente tecidas pelo destino.
Devemos, no entanto, aprender a distinguir aquilo que depende de nós, e em que temos obrigação de agir, e aquilo que nos ultrapassa e devemos aceitar como tal. Quando uma infelicidade nos surge não podemos impedi-la, mas cabe-nos decidir se a nossa existência parou ali, ou se podemos fazer dela uma experiência construtiva.
Os gregos denominavam kairos a esse ponto de inflexão que, em função da nossa reação, pode dar lugar a uma mudança decisiva. Esta noção articula a dimensão do tempo e da ação: se agarramos de imediato a oportunidade e nos abrimos à boa fortuna, ou não a vemos e nada se passa. No mesmo espírito a noção de serendipidade qualifica esses erros suscetíveis de levar a grandes descobertas, em função do pesquisador: Fleming e a descoberta da penicilina; Galvani e a descoberta da bioeletricidade.
Mas a sorte é também um olhar sobre o mundo: contribuímos para o seu aparecimento ao cultivar a nossa capacidade de encantamento.
Há de facto “golpes de sorte”, mas existe uma sorte que se provoca e cultiva, acessível a todos. E essa é renovável e durável. Para fazer durar a sorte há que preparar o terreno que permitirá às sementes de oportunidade desenvolverem-se e perdurarem.
Eis quatro posturas que podemos adoptar:

1.     Clarificar a nossa intenção
É a direção a que nos propomos que dá um sentido aos acontecimentos que se nos deparam e fará com que as intenções subjacentes permitam a revelação da “sorte”. Isto não significa que devamos começar por planificar, de forma detalhada, um projeto ou objetivo. Trata-se aqui de identificar o nosso desejo, sentir a direção que gostaríamos de seguir, o sentido que gostaríamos de dar à nossa vida. O que é que me faz vibrar? Do que é que tenho necessidade e vontade? Questões que alicercem a construção do caminho da sorte. A cada um a forma de o fazer: um diário de bordo, fazer uma formação, encontrar outras pessoas com as mesmas expectativas…

2.     Tornar-se recetivo
Colocar-se interiormente numa postura de abertura e disponibilidade máxima àquilo que se passa à nossa volta. Uma atitude desperta de vigilância que nos permite estar atentos a determinada informação, sentir de imediato o interesse de determinado contacto, orientar a nossa energia numa determinada direção. É assim que as ocasiões favoráveis se multiplicarão, que temos, ou não, o sentimento de existir para algo. Fazer pausas regulares de descontração/desconexão permite fazer emergir a intuição e ajuda a sair dos caminhos da rotina e pensamento automático, dois grandes adversários da sorte.

3.     Reciclar a má sorte
Em vez de ficarmos presos na cólera, tristeza ou ressentimento, há que nos questionarmos, relativizarmos e reciclar os nossos revezes. Fazer uma triagem daquilo que foi fruto do acaso ou da fatalidade e daquilo que se deve à nossa responsabilidade.  Identificar no coração do azar os germes da sorte que se anuncia. Colocar, enfim, a única questão pertinente: o que posso aprender com este revés?

4.     Tornar-se um porta-sorte
A sorte são os outros.” Quanto mais pessoas contactamos, mais probabilidade temos de encontrar uma oportunidade favorável.
Existe um ponto comum entre amor, conhecimento e sorte: são todos feitos para circular entre os seres. Levar sorte aos outros é uma questão de escuta e disponibilidade. É dar uma informação importante ao seu interlocutor, permitir-lhe descobrir um novo campo de possibilidades, mas também estar presente no caso de um incidente de percurso para o ajudar a transformá-lo num acidente providencial.
Inscrever-se numa dinâmica de troca e solidariedade é assegurar não apenas uma fonte de oportunidades positivas, mas também um sentido de amplitude à vida. 

Fonte: Psychologies, nº 330 



Nota: Este post é dedicado à Fátima Costa, uma pessoa que revela no seu quotidiano estas quatro posturas e que é um exemplo do quanto mais elevados e menos egoístas forem os nossos ideais, mais o Universo se move a favor da sua concretização.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Bons Momentos com o 11º E1 da E. S. M.



“Caminhamos mais confiantes para o futuro se levarmos connosco o melhor do passado.”



 E o melhor vai comigo de uma turma maravilhosa que acompanhei nestes dois últimos anos. Uma dádiva tê-los encontrado no meu caminho.

No âmbito do Projeto Optimismo em Construção celebrámos, no dia 3 de Junho, os “Bons Momentos”: momentos+ que nos acompanharão sempre num imenso sorriso. O futuro é o tecido do presente e no presente vemos o quanto os alicerces sólidos de uma boa formação se revelam: uma construção que tem nos pais o seu fundamento.

Aos pais, aos alunos do 11º E1, obrigada por colorirem o futuro num imenso sorriso; obrigada por nos fazerem acreditar no maravilhoso do amanhã!




Nota: Nesta celebração, a aluna Margarida Araújo apresentou um trabalho fantástico, em parte inspirado no nosso Reinventar um Portugal mais Risonho. Não deixem de o ver: só estará disponível online temporariamente.